sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ética, o que está acontecendo com ela?
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Ética, o que está acontecendo com ela?

Pobrezinha da ÉTICA... adoeceu... de descaso...
Conhecemos o conceito básico de ÉTICA, do grego ETHOS, aquilo que disciplina o estudo do julgamento de valor, na medida em que estes se relacionam entre o BEM e o MAL. E como se isto não bastasse, ainda assistimos, com a mesma doença, sua prima-irmã, A MORAL, quase desmoralizada.

A moral versa sobre os costumes e os deveres que o homem deve ter, para com seu semelhante e para consigo mesmo. Portanto, ÉTICA E MORAL, formam um indispensável conjunto de regras, que tornadas COSTUME, se tradicionalizam, se tornam consuetudinárias.

Ou seja, ao se tornarem costume tradicional e que deve ser atendido, finalizam por converterem-se em VALOR SOCIAL escrito... Portanto, a própria LEI. Ou ao menos, tudo deveria ser assim e não o que temos assistido, perplexos, com os mínimos de informação que chega a cada um de nós, ditos cidadãos comuns.

As CPI's, cenários que deveriam atender preceitos verdadeiramente ÉTICOS, tem sido palcos, iluminados, para representações dos mais diversos papéis, com atores travestidos de "políticos". Estes personagens, homens e mulheres, que deveriam ser representantes da ansiosa sociedade (POLIS) que os elegeram, gestores que deveriam ser dos princípios que norteariam atitudes de governo, relações administrativas e toda a base de planificação de todas as atividades cidadãs, perdem-se completamente num vácuo de inoperância, mais preocupados com posicionamentos de câmeras e luzes, do que com a apuração dos fatos e a defesa da ÉTICA e da MORAL.

Uma minoria é verdade. Mas que compromete a imagem de toda a representação legislativa, que precisa ter a coragem de cortar na própria carne, sob pena de cair em total descrédito. As gráficas do Senado e da Câmara Federais deveriam imprimir pequenas cartilhas, evidentemente para aqueles parlamentares que tenham aprendido a ler.

E poderia ser sobre Sócrates, Platão, Aristóteles, Rousseau, Kant, Hegel e mais outros. Poderiam, ainda ler coisas edificantes de autores humanistas os mais diversos, inclusive os nacionais.

Ou ainda, mais além na ironia, firmar convênio com a Sociedade Bíblica do Brasil e distribuir, gratuitamente, exemplares do Novo Testamento, todos com realçador de texto no trecho que Jesus de Nazaré asseverou que "amássemos a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos". Mas, como sabemos, faz parte da natureza humana transgredir.

Na idade antiga, dos Dez Mandamentos carregados por Moisés, já havia transgressores, e hoje, mesmo com o calhamaço de leis, não é diferente.

Falta MORAL, alicerce de que se consiste a verdadeira denúncia, para dar azo a investigações viscerais.

Falta ÉTICA, no bojo de comissões que insistem em se digladiar, mais partidariamente do que no afã de encontrar irresponsáveis com a "coisa pública" e fazê-los sentir que a sociedade quer clamar NÃO À IMPUNIDADE.

Precisamos URGENTE de uma mobilização social, pela recuperação efetiva de valores, por uma Política ÉTICA de fato.
A ética moral, porquanto ciência que estuda virtudes da humanidade, está doente... E todos os que se julguem pessoas de bem, também estão.

As coisas têm que mudar. Pois, é imperativo que a ÉTICA volte a ser um conjunto de normas e valores, que sejam responsáveis pela regência da nossa sociedade, refletindo as ações como fruto da consciência do povo brasileiro.

Precisamos bradar: Brasil, mostra a tua cara... E a tua vergonha, também.
A morte suína tá por aí. E eu com isso?
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


A morte suína tá por aí. E eu com isso?


A morte, este espetáculo sem aplausos, de um público inesperado, protagonizado pelo Anjo da Morte, que visita quase sempre inopnadamente, representa o oposto de VIDA. Vem do latim MORS, gr. Thanatos, hebr. Máveth, significa somente parar de viver.

Inexistir materialmente, ou passar a existir imaterialmente. Algum conforta há e dá sentido a existir? Traçando conceitos de conduta ética, moral, legal, da recompensa que reside na esperança, de se em vivendo condignamente, a alma terá conforto?

E o apodrecimento do corpo, que é uma enorme preocupação para tantos, como pode passar a ser um alívio para muitos?

A vida física de um ser humano, na sua mais simples composição de alma e corpo, deve ser acrescida à atenção que devemos dispensar com uma vida espiritual de cada um. A busca pela santa presença de Deus, é que dá concepção da Divindade, Sua Face, eternidade, visão de céu, e a esperança que é o necessário conforto no coração de cada um.

A morte, algo que sempre nos recusamos a enfrentar, precisa ser entendida, conscientizada. Não se trata tão somente da separação da alma com o corpo físico. Mas se trata da preparação da mente, da avaliação das conseqüências de suas vidas.

Se houver noção de distinção de pecado original com pecado mortal, a vida através do temor pode se tornar mais ética. É só uma probabilidade. Mas, é uma.

É preciso se aquilatar sobre a máxima bíblica de que o pecado já tem como conseqüência a própria morte, diante de Deus. Além de morrer pra vida física, não se ter direito a esperanças para uma vida eterna, ninguém merece.

Mas, como pensei em febre e morte, antes de escrever, sinto que deva ser interessante se suscitar a consciência de todos nós, para que abalizemos a morte eterna, como condenação. Escrever sobre morte não é nada agradável. Ler, menos ainda.

Porém, como é que a febre suína bate à porta da humanidade, podendo chegar a de cada um, amanhã. E aí? Você está preparado, preparada para esta nefasta e irrecusável visita?

E não adianta tergiversar, morte não tem sentido figurativo. Não dá pra sonhar com catalepsia, ressurreição, milagre, que são soluções mais fáceis, nos casos de morte.

Um dia, ELA vem. Inevitavelmente. Pra todos nós, nem que seja por velhice.

Que bom fosse com todos assim. Mas, neste exato instante enquanto você lê este despretensioso artigo, milhares de mães mundo afora estão chorando pela morte de seus filhos, de diversas idades, até tenras. E tem mais gente ainda que, apesar de falar (e bem) estão todos mortos para a vida. Acredito eu, mantidos para equilibrar o bem e o mal, mas com suas mortes internas decretadas, de qualquer forma.

A morte na alma (1 Jo 5,16) e morte eterna (inferno), apesar de chamadas de "morte", não são no sentido literal, mas, figurativo.

Santo Agostinho referia sua preocupação com a morte, com a corrupção física dos valores da vida, que se anunciava antes mesmo da dissolução de um último suspiro.

Não há garantias para um desenlace sem dor. Mas, há esperança. E isso vale muito.

A idéia de imortalidade tanto pode consolar, quanto pode instigar a degeneração da dádiva, viver. Deus, no Paraíso só quer os escolhidos, arrependidos, os que crêem em Jesus de Nazaré, os praticantes das boas obras, os leitores das Sagradas Escrituras.

Contudo, o ser humano chega a ser engraçado.

Num restaurante, uma mesa e seus comensais discutiam “cientificamente” entre taças de vinho e bocas cheias (com seus “achismos”, sua “achologia”) que a febre suína nunca poderá chegar por aqui, e que é impossível que bata às suas portas.

Essa sim deve ser a tal “marolinha” do presidente Lula, riam.

Recordei-me do vírus ebola, a peste negra, a tuberculose, a dengue, a malária, a gripe asiática, só mataram e matam, porque fomos feitos para morrer. Se você tiver em mente a idéia de que sua morte acontecerá, inevitavelmente, poderá se tornar, até, um ser humano melhor, mais ético, mais solidário, mais bondoso de verdade.

Pense bem. Com sua morte, nem se iluda, não haverá colapso na Terra, as vidas das pessoas continuarão, lágrimas serão vertidas no dia do sepultamento, na missa ou culto post-mortem. Depois, com 30 dias, com um ano (menos ainda) e daqui a 50 anos ninguém, absolutamente NINGUEM saberá sobre seus hábitos, pensamentos, sentimentos, seu caráter, seu amor.

Pense bem, repito. E viva mais feliz, dividindo para somar, repartindo para crescer, se desapegando para viver. Viva com mais amor. Tenha esperança.

NELE, a quem sirvo.

Jayme Lielson
LIBERDADE, ABRA AS ASAS SOBRE NÓS
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Estão sempre em curso, na sociedade brasileira (e pra todos os lados, também), os discursos sobre ética, sobre moral, sobre impunidade, sobre falta de políticas públicas, sobre insegurança, com brados por cidadania e princípios de igualdade.

Isonomia é palavra de ordem nos apartes legislativos, como se fora uma mera senha de purificação da oratória. Quando o que ocorre é que assistimos diuturnamente balelas que em nada contribuem para minimizar a completa falência das nossas instituições.
Estive emudecido, por meses, sem escrever sobre a insegurança pública que continua assolando Pernambuco, sem ser privilégio somente nosso, mas de toda a sociedade brasileira, tendo em vista que campeia em todas as grandes cidades de nosso País, concedendo meu voto de confiança às mudanças que vinham sendo trabalhadas. Ajustes que estavam sendo preconizados, quase se faziam tardiamente por merecer uma satisfação à nossa ansiosa população.

Noutro dia, disse de público ao Governador de Pernambuco, que a esperança fazia parte do melhor sentimento do nosso povo. E que, transcorrida a eleição ele era o dirigente dos votos vencedores e vencidos, o mandatário dos destinos político-administrativos de nossa gente. Que todos estavam aguardando mudanças. E tal expectativa é que tinha sido a mola propulsora para o resultado de sua vitória.

Políticos são quase sempre detentores de características similares.

As escolas de conhecimento político têm linhas de discursos muito parecidos. O sobe e desce dos partidos é assim em todo o mundo. O que faz a mudança, de verdade, é a esperança que todos temos de podermos assistir se fazer diferente. Por isso, é gratificante poder acompanhar pela imprensa, que adoção correta de medidas, demonstram que trabalhos vêm sendo executados, com resultados eficientes.

As recentes prisões de gangues refletem, pelo menos, uma natureza de empenho da força policial do Estado. Sinal que apesar de ser o mesmo time, com os mesmos valores e os mesmos craques, a técnica utilizada pelo aparato de segurança mudou. Que a inteligência está funcionando, na reunião de dados, com o melhor substrato de uma investigação técnico científica, que começa a produzir resultados eficazes. E o que as pessoas sonham é tão pouco.

Desejam poderem caminhar pelas pontes, praças, pelos bairros, e até nas noites, pela orla marítima, que atualmente só serve para enfeitar nossos belíssimos cartões postais. Pessoas têm medo de sair às ruas. E meus filhos ainda pequenos, se admiram quando conto das brincadeiras, nas noites de férias nos bairros da minha capital, até altas horas brincando de barra-bandeira, garrafão, queimado, futebol de barrinha, bola de gude sob as luzes dos postes, pega-pega e outros folguedos, tudo mediante o esquecimento de pais que mais se preocupavam em assistir novelas e outros seriados nas TVs em preto e branco.

O caminho para ir e vir das escolas era mais livre e os ônibus eram utilizados por todos, não apenas pela população de renda inferior. Nos pontos em frente das escolas, ao invés do caos das vans de transporte escolar, eram jovens fardados que subiam em grupos nos ônibus para voltar pra casa.

Quero lembrar que policiais também tem, esposos, esposas e filhos. E que todos com os quais converso me dizem que querem, e muito, acertar.

Precisamos recuperar alguns valores, nos apropriar de outros tantos, repensar políticas públicas que desaguaram em erros no presente e que clamam por serem realinhadas. Existem tantos modelos de sucesso na área da educação, como Aprender, Acelera e Se liga e tantos outros que dependem APENAS de investimento e vontade política.

A ausência e a omissão da Nação deu margem a que benditas ONGs dessem lição no poder público. Com a segurança, não é diferente. Vamos buscar mundo afora, com humildade, algo mais que nos ajude nesse mister. Nos mais diversos campos do conhecimento sabe-se que (parafraseando o cientista) “nada se cria, tudo se copia”. Principalmente aquilo que dá certo.

Então, minha gente, vamos arregaçar as mangas e (como dizia meu avô) criar vergonha na cara e mostrar que nós podemos mudar. Segurança é o que todos desejamos sentir. EM SEGURANÇA é como precisamos viver.

Que todas atuais medidas investigativas das polícias, é nossa oração, deságüem em absoluto sucesso.

E que os servidores que são operários da segurança de nosso Estado, sejam cada vez mais operosos e eficientes, para que todos nós recuperemos qualidade de locomoção, vivenciando o que deveríamos curtir de melhor, que é o grande presente da vida, a plenitude do movimento, a palavra mais cidadã... LIBERDADE.
Desculpe. Não pretendi.
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Desculpe. Não pretendi.

Nos relacionamentos tem uns desencontros danados. Palavras e gestos abrem feridas, incendiando dores e traumas, que se não corrigidas em tempo, transformam-se em chagas, que doem por toda vida. É assim nas relações. No trabalho, na família, e com as mais diversas pessoas, tipos e situações.

Acontece com todo mundo, comigo e com você. Porque pode acontecer com qualquer um. Tanto com o algoz a serviço da mágoa. Quanto, com a vítima, a serviço da dor. Ambos, personagens do dissabor, apenas se distanciam, e não contribuem com o amor.

Porque para se constranger alguém, não precisa de um talento especial. Basta ser humano. Um humor mal colocado, uma palavra má, e uma inadequada recepção. Pronto. E, o que poderia ser até engraçado, torna-se um desastre, fere, desarmoniza, ofende, adoece.

A ofensa, mesmo quando não foi desferida, encontra acolhimento num coração que a construa. Daí, em diante, tudo desanda. Um “não tem de quê”, some e surge uma cólera ensandecida, que cega e ensurdece os clamores do discernimento. Pequenas palavras, como que por um maldito encanto, erguem imensos gigantes que infeccionam nossos corações.

Nossas mentes geralmente adoecem se defendendo dum nada, construindo muros de distâncias. Todos já vimos isso. E, como se faz? Como será? Por que isso acontece? E quando não sabemos se dissemos algo impróprio? Bem. Todos já ouvimos algo desagradável. Afinal, vivemos em grupo e já experimentamos “línguas envenenadas”.
E, também já açoitamos pessoas, sob a égide da desculpa, do veneno da tal franqueza. Os “francos” batem no peito exclamando “falei mesmo, sou autêntico, sou autêntica”. Parabéns, e daí? O que ganhou? Deveríamos imitar Aquele que disse “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”, como descreve o Evangelista Mateus, cap. 11, versos 28 a 30. Muitas vezes, mesmo quando a consciência nos sinaliza a necessidade de reparar uma possível pequena falta, não o fazemos, apenas por julgarmos, ser tão pequena, que nem ligamos.

Esquecemos que tudo que é grande, um dia nasceu do nada. Por isso, é desde cedo que se corrige o pequeno limoeiro que enverga. A escora, o reparo são como o pedido de perdão, um remédio para a mágoa tola que se instala. A humildade é a profilaxia contra a arrogância, o antídoto pra loucura. Ao dispersarmos o orgulho, evitamos a calamidade, encontramos o caminho do pedido de perdão.

A vida que sempre nos surpreende, deve ser surpreendida, assustada, por movimentos generosos de amor. Deixar para amanhã o que deve e pode ser feito ainda hoje, é de uma tolice sem limites.

Afinal de contas, a morte é quem surpreende a vida. E nunca o contrário.

Declarações de afeto devem ser feitas hoje, agora, pessoalmente, por telefone, por escrito, de qualquer jeito, não importa. Mas, sempre imitando o Mestre.

Sempre é muito tempo. Ontem, já faz é tempo. Amanhã ta muito longe. Faça do hoje um dia diferente. Não se permita como eu e muitas outras pessoas tolas já fizemos e algumas que ainda fazem, não se arrependendo em tempo de pedirem perdão.

Sempre há com quem se reconciliar. Dizer a palavra DESCULPE, é assinalar NÃO PRETENDI lhe magoar. Ainda continua sendo aquela palavrinha mágica que nossos pais nos ensinaram um dia, junto com “por favor” e “muito obrigado”.

As coisas simples e bonitas são fáceis como a infância, com disputas, mas sem brigas. Não é vergonhoso. Além do que você não é nem nunca será uma perfeição imaculada.

O Ser Perfeito, o Único que esteve nesta terra, não teve este tipo de temor e disse:
“Amai-vos, uns aos outros, como eu vos amei”
Fé - Um carnaval de manipulação
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Fé – um carnaval de manipulação

Cada pessoa vive suas próprias fantasias. E nada interfere na realidade que cada um queira viver, construindo seus próprios “monstros aterradores” ou seus “ídolos salvadores”, tratando seus umbigos como centros do mundo.

E, você poderia se perguntar: Que mundinho pequeno, é esse que se resume aos problemas pessoais e que não enxerga a complexidade da espécie humana? Respondo. É o mesmo que é violento, desigual, que inflige dor e solidão. Mundo criador de misantropos, de desconfiados, de desconhecedores da magnífica solidariedade que iguala e dá esperança. A cada pessoa que morre, por mais pobre que fique ou se sinta o mundinho, em nada interfere na existência pacífica ou atribulada dos viventes no Himalaia, ou em Sergipe, pra não ir muito longe.

É necessária uma consciência de finitude, um discurso que fale e admoeste, cada vez mais, a fragilidade da vida arrogante de cada pessoa. As decisões só são construtivistas, quando precisam, sentem a necessidade de serem tomadas com o ideal de comunidade, devidamente instalado no consciente coletivo.

Por isso, esse último meio século tem sido tão formidável. São 50 anos de uma revolução tecnológica surpreendente. TV em cores, quando a imagem P&B AINDA era um mero sonho; Telefonia celular digital, nos últimos 20 anos; Internet globalizando; Turbinas a jato em imensos boeing, num trajeto temporal em menos de 100 anos; O conforto da simplicidade das lâminas de barbear; Todos os descartáveis; Os sotaques se interagindo e tantas coisas que enlouquecem o imaginário, pela pujança de crescimento de informações da humanidade, somente igualada em importância ao século de explosão das navegações marítimas.

E, nossa! Nunca também se falou tanto de Deus.

Foram precisos 2.000 anos para se perceber, que tem muitas pessoas vivendo as “boas novas” dos ideais de Deus, através dos pactos e alianças firmadas e acreditadas pela humanidade monoteísta.

O cristianismo continua sendo objeto de lutas.

Algumas, muito desiguais.

O que atrapalha a fraternidade universal é a teocracia impregnada por uma clerocracia ávida e irresponsável, anunciando o que não existe e tornando quase real a idéia de que as desgraças das pessoas são fruto de uma essência danosa e de uma visão distorcida de pecado.

Essa má difusão, da gestão do Theo, do Deus, cresce surpreendentemente e conduz verdadeiras massas, a soluções “práticas” e absolutamente sincréticas, com nomes até engraçados e encenados em forma de pantomimas e “mise-en-scène”.

Escancaradamente, os canais de televisão se expõem (agora em todos os horários) com endereços para soluções fáceis, numa misantropia que cria dependência psíquica aos desvalidos da sorte.

Nomes estapafúrdios. Tem rosa de sarom, correntes de trezentos e tantos; Corredores com 70 porteiros eclesiais; Tocar na franja de tal cor, e ingerir uma água de um rio, infecto. Tem óleo prometido como importado, azeite que dispensa traumatologistas da alma. Por última, ouvi uma “solução” que seria engraçada se não fosse dramática: “Venha pegar no cajado, de não sei quem” e obtenha o remédio para todos os males, anunciam.

Com isso, está se prestando um desserviço para organização das informações globalizadas e aculturando o que deveria ser impulsionado.

A FÉ deveria ser tratada como único foco para se elidir fantasias simbólicas e materializar curas.

Transformações milagrosas de caráter, correção de desmandos financeiros e reorientação de vida, eu também quero. É tudo, profundamente lamentável.

Enquanto se faz transplante de fígado inter vivos em Recife, no mesmo bairro se assistem tantas pessoas, aos milhares, tornarem-se escravas de uma simbologia barata daquilo que deveria ser FÉ.

Um carnaval de manipulação.
A coragem de cada um
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues



Yankee Doodle Dandy ou A Canção da Vitória, como foi traduzida para nosso idioma, transformou-se um filme “estadunidense” durante a Segunda Grande Guerra.

Foi feito para levantar a moral das tropas aliadas e o clamor que arrancou do seio do povo foi tamanho, que não houve como não conceder o Oscar de 1942, ao protagonista James Cagney.

Noutro dia vi na net “Yankee Doodle” e pensei: - Quem escolhe seu nickname, em referencia a uma prática tão patriótica, deve romancear avidamente, por sua própria natureza.

A canção é uma pérola rara. Uma canção de ENCORAJAMENTO. E, isso, é grande, muito grande. Uma bênção. Yankee é termo que se vê nos filmes, Mas, acredito que pouca gente saiba o que é “um doodle”, apesar de fazer ou já tê-lo feito.

Um doodle é aquele desenho sem pretensões, um esboço de nada, um rabisco geométrico ou não, um desenho de algo, algo caricato, feito despretensiosamente. Geralmente se faz quando se está ao telefone. Ou, quando se está ali, mas a cabeça noutra coisa. É uma filigrana delicada que vence o halo do tempo, do nosso desperdiçado e distraído tempo. É uma coisa que a gente faz, e que acontece de nem se saber se aquela é a nossa última obra. Se aquele é o último momento, e se o que a gente está fazendo, vale ao menos a vida útil da última folha do caderno. Nem sabemos se depois daquele “doodle” virá o minuto mais feliz, de toda a nossa vida. E nestas ilações, me ocorreu que muitas vezes nos prendemos a aromas e cores, sons e formas, que nos deixam reféns de uma galhardia, que com o transcorrer do tempo, não nos pertence nunca mais. Essa estória de que a história de cada um nos pertence é pura lenda. Passou o tempo, foi-se a história. Pois, quando envelhecemos, a história não nos conta mais tempo. Os amigos, lentamente, ficam para trás. E quando não nos esquecem, adoecem e não podem mais estar conosco. Morrendo, claro, se não podem viver tampouco escutar, nossas histórias.

Prender nossa alma num velho aroma é aprisionarmos as vidas às nossas pequenas mentes. Mas, e o que fazer? Pergunto a mim mesmo?

Bom mesmo é preparar um chá. E enquanto isso, ruminar. Os mais econômicos animais ruminam. Matutar, enquanto se maceram as cascas secas guardadas de uma maçã, com alecrim e algumas frutas vermelhas desidratadas. Está criado um novo aroma de manhãs. As folhas de laranjeiras, naquela infusão preguiçosa, inalam na alma o seu sumo e nos revigoram, magicamente. E o que tem a ver chá, com essa história? É o aroma que fica na alma, somente o que conta.

É isso o que qualquer dia, quero dizer ao meu neto, só pra ele sorrir. E aí, ele vai puxar uma boa conversa. Por enquanto, eu estou somente treinando. Ele ainda vai fazer dois anos.

Mas é porque, temos que enxergar que amanhã é logo ali.

No caminho de Cesarea, um homem muito mau chamado SAULO, foi ESCOLHIDO por uma imensa claridade que lhe queimou as vistas e lhe rendeu escamas. Elas lhe tamponavam os olhos. Ao caírem-lhe as escamas o mundo adquiriu, aos olhos de seu coração um tônus diferente. A claridade, a luz que incidia em tudo, dava formas nunca vistas, cores nunca atentadas. A "luz", A VERDADEIRA LUZ faz assim.

Ao enxergar melhor a vida, de imediato, seu nome virou PAULO. E os séculos tem feito esse nome ser entronizado em mais de 200 idiomas e 1400 línguas. Descobriu-se Paulo um escritor. Das cores e contornos que via. Se soubesse como, talvez tivesse pintado sobre “a luz de Cristo”. Mas, como cada um tem o SEU próprio dom e a sua coragem. Coube a Paulo, escrever. Foram 13 cartas (epístolas), quase 14 se tivessem certeza da Carta aos Hebreus. Mas nestes mais de 20 séculos, decerto o coração do Deus tem se alegrado, com o testemunho, da sua Sublime ALIANÇA com a humanidade. Escrita pelo Apóstolo Paulo e vivida em pequenos gestos, no coração e na fé de cada um de nós. Não precisa muito, só amar.

Jayme Lielson
Advogado
PENTATEUCO ESPÍRITA
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


PENTATEUCO ESPÍRITA

Muito bem nascido em berço católico em 1804, em Paris, Denizar Hippolyte Léon Rivail, pedagogo e escritor, homem de refinada inteligência, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, com o propósito de escrever suas teorias e codificações sobre o espiritismo. O mundo caminhava para uma efervescência intelectual, com movimentos abolicionistas e idéias igualitárias pela humanidade. A própria França distava apenas 15 anos de sua histórica Revolução Francesa sob a égide de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Intelectuais urgiam em justificar as coisas que não conseguiam explicar, desenganados com a Fé Cristã, após um período de tantos desencontros. A própria Europa afora, marcada pelo eixo França e Inglaterra, com suas guerras e lutas por domínios territoriais, surge neste clima de tantos desencontros, o oportunismo sabotador e desvirtuador, enganador da figura de Redentora de Jesus de Nazaré.

Os países do Mundo Velho, que tentavam ficar de pé com sua REFORMA, após um grito de liberdade contra os abusos da Igreja Católica, procuravam responder as antigas perguntas clássicas do existencialismo: Quem eu sou? Por que estou aqui? Para onde vou?

Passados pouco mais de 150 anos, desde os embrionários grupos de desmistificação, e a publicação do PENTATEUCO ESPÍRITA, da sua origem, história e justificação do espiritismo, ele ainda exerce a maldade de seu fascínio, pelas respostas cômodas que apresenta. Pelas justificativas, por sua teoria de “karma” e pela suavização do pecado. Pela depuração existencial através da reencarnação do espírito em outra matéria, estabelecendo a abominação do conceito necromante, de adoração, salvação pelas obras e conhecimento de segredos da alma, da vida presente e de vidas passadas

O que me move a escrever tal artigo é assistir dois elementos temporais prementes.

Não se cinge da convicção o homem, mas da dúvida que faz parte de sua dubiedade existencial. A convicção da fé dá seu lugar ao misticismo que aprisiona e escraviza.

Nunca a humanidade precisou sentir o poder salvífico, redentor, justificador, libertador, de Jesus de Nazaré e da consciência de seu holocausto individual sacrificial.

Escrevo porque tenho me preocupado. Tem sido comum assistir discussões, pelas muitas bobagens que se ouvem no âmbito acadêmico teológico, acerca de espiritismo. E, os mitos que algumas pessoas, até com certa responsabilidade em orientar as novas gerações, tem divulgado levianamente.

O mito se fortalece, até pela vaidade de alguns, em não derrotar o mal, mas fazer dele um troféu, pelo fato de ter tido experimento com este. Claro, sem argüir mérito sobre a questão, porque vejo tais pessoas, ATÉ, como razoavelmente bem intencionadas.

Porém, lamento, muito mal informadas. Talvez, por terem sido mal-formadas no próprio espiritismo e acham que algumas "rotas" experiências ou muitos livros lidos, fornecem um arcabouço de luta, mas, não forjam A ESPADA contra O MAL.
Primeiro, tem-se criado mitos em torno do assunto.
Segundo, porque os futuros bacharéis em teologia,sejam católicos ou evangélicos, e porventura, doravante ministros do evangelho, reverendos, diáconos e até presbíteros, tem que estar municiados pela verdade.

É ELA, a verdade que liberta da ignorância, do medo, da fantasia barata.

Nesta caminhada de dez meses de efetiva apresentação ao evangelho, tenho me dedicado com amor e ao inteiro dispor, para fazer da minha vida um divisor de águas a serviço do Reino. Tenho tentado respirar o afã de contribuir, e repassar toda a paixão que tomou conta de meu ser e mudou a minha vida.

Tem sido em BREVES ARTIGOS, após orações, que tenho encontrado coragem para desnudar, expor um conhecimento REAL sobre o assunto. Pela misericórdia, tenho procurado reunir em meu coração a certeza do lado certo, da FÉ, para encontrar o destemor em desafiar a potestade a que servi. Com a ajuda de meu Senhor Jesus Cristo, tenho enfrentado minhas próprias lutas.

E, O SENHOR DEUS, com Seu Santo Espírito tem caminhado à minha frente como anteparo para desmascarar as trevas, em nome de Jesus de Nazaré e Seu sangue derramado. Tenho combatido as vaidades descabidas, e procurado ser verdadeiro sem relatos fantasiosos, sobretudo sem pretensões de galgar projeção pessoal sobre a detenção de "algum" conhecimento, de um assunto tão tolo.

Quero alertar que ao se tripudiar do "poder do fogo dos umbrais", as pessoas podem se queimar. Não basta bradar o nome de Jesus, borrifar água benta ou sacar latinhas com essências cheirosinhas. Tem que haver DISCERNIMENTO.

Tanto faz, falar em nome da coca-cola, jesus cristo, padim ciço, frei damião, senhora aparecida, ou qualquer outra coisa. Isto arranca, extrai somente o escárnio do “sabotador” e suas legiões. É tudo inócuo, quando não se sabe com o que se está lidando. Quem mexe cobra com vara curta, acaba sendo picado. E, muitas vezes, mortalmente.

Como a "ceifa" se aproxima, o que é deleite para o mal. Escrevo como um alerta, para que incautos irmãos, não encarnem os pequenos personagens dos Irmãos Grimm. Ou seja, não se tornem enfeitiçados como os ratos, de O Flautista de Hamelin.

Quero bradar alguns alertas, a seguir:

1) A enganação tem auferido almas e fortalecido seu séquito, em idiogramas espirituais, com cariogramas seqüenciais de conhecimento. É uma “carga genética de cromossomos do mal” que ganham terreno e vidas, inocentes úteis.

2) Justamente, por intermédio dos elementos que comovem, sensibilizam. A tolerância e a falta de responsabilidade com os próprios atos.

3) As informações escritas utilizadas pela potestade, copiam, até em número de cinco, a migração a um novo mundo de conhecimento, sob a promessa pífia de “leite e mel” por outras vidas. Assim como tem sido cativantes para a humanidade, a história da libertação do povo de Israel, um povo nômade, escolhido por Deus, tem sido sedutor, usar similar instrumento, como se fora inspirado, na verdade em molde "copiado em linguagem de justificação" para cerrar fileiras de almas dependentes.

4) Se lemos e estudamos o PENTATEUCO, is cinco inaugurais das Sagradas Escrituras, “o sabotador”, também. E o que os difere? Um por 40 anos fez um registro histórico e minucioso, da vontade detalhada, circunstanciada de Deus. E o outro, pela comodidade de livros sem fundamentação, sem autoria definida, abominando todo o princípio da história da espécie humana e seus mais respeitáveis preceitos divinos.

5) E, por fim, a magia, a solução prática e imediata, não a remissão mas a “certeza” de outras encarnações para se justificar sem ser pela fé, numa permissividade sem precedentes, além de muito mais contundente, é a práxis, a operacionalização, o livre exercício "in gloriam" da fé.

6) Anunciar que se mudam completamente as perspectivas de futuro, é pura enganação. Porque a vida futura ainda é uma hipótese, não pode ser uma realidade revelada de maneira necromante, calcada numa prometida pluralidade de existências


As Obras Básicas, também cognominadas de Pentateuco Espírita, compõem-se dos seguintes livros:

1) O livro dos espíritos, publicado em 18 de abril de 1857, é o livro básico da filosofia espírita. Nele estão contidos os princípios fundamentais do espiritismo.
2) O livro dos médiuns, publicado em janeiro de 1861, é obra básica da ciência espírita.
3) O evangelho segundo o espiritismo, publicado em abril de 1864, é a obra que oferece a base e o roteiro da religião espírita.
4) O céu e o inferno, publicado em agosto de 1865, é um estudo em que se explica o simbolismo desses supostos lugares de ventura e sofrimento, de um ponto de vista racional, positivo e conforme a suprema justiça divina, de acordo com o princípio: "a cada um segundo suas obras".
5) A gênese é publicada em janeiro de 1868, versando sobre os milagres e as predições segundo a doutrina espírita, este é mais um passo no terreno das conseqüências e das aplicações do espiritismo.

Razão pela qual a teologia tem que ser estudada de maneira disciplinar. Disciplina também é uma forma de combate espiritual.

Os elementais usados na Antiga Aliança (em sacrifício), as cabalas, os quatro elementos, o derramamento e a oferta de sangue (vida) como corriqueira prática anterior, dista da Nova Aliança. E foram herdadas e apossadas pela potestade como forma de comunicação quadri-dimensional, entre o material e o etéreo.

A face escura dimensional das trevas não conheceu o Sacrifício do Cordeiro de Deus e a imolação sagrada, como conversor REDENTOR. Sua fraqueza e o flanco sempre aberto para manter o mal como um perene perdedor, estipula o equilíbrio natural. O véu templário, que se rasgou de cima até embaixo, possibilitando que Jesus fosse reconhecido como o Sumo Sacerdote, o caminho, a verdade e a vida, não são citados em nenhuma das obras de Kardec, justo por não terem a pretensão de comunhão com Deus

As fundamentações teológicas ficam ao encargo dos mais estudiosos. Sou neófito e como tal não me arvoro em textos sem contextualizações, para não dar azo a controvérsias vãs.
No afã de somente contribuir e ser um mero "recolhedor de escamas", quero ajudar.
Portanto, que a coragem de Deus me envolva e me sustente, de maneira destemida, dedicada, para soprar para os confins do Universo, toda enganação e o medo, o absurdo do temor que assola o coração frágil dos homens e mulheres, sequiosos por lenitivos para suas almas exaustas, sedentas pelo REAL CONSOLADOR.

O amor deve existir, e tem que ser real, documentado pelos séculos.
É histórico, sagrado, provável, inquestionável, passível de conforto e esperança.
Se existe uma certeza, é como a que carrego em minha alma apaixonada, de que VERDADEIRAMENTE e sem sofismas, CRISTO VIVE.

Soli Deo Gloria

Jayme Lielson

Às vezes penso que ELE é mulher...

Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Às vezes penso que ELE é mulher...

E vou explicar o porquê. Depois que fui apresentado a Cristo, tive minha vida revisitada. Revi conceitos, refiz idéias e reformulei decisões. Passei a emoldurar melhor, meus valores do mundo e minhas definições dele. Somente uma coisa não consigo entender, a partir de mim. E é algo concernente à imagem de DEUS. Veja bem. Sou oriundo de uma família de vida simples e sem maiores conflitos, de referencia católica. Tive contato com o rito sacramental da eucaristia, com ensinamento sobre a "justiça e a severidade de um Deus que castigava", do tipo "seu pai está vendo e vai te castigar". Cresci e bem cedo me casei, conceituando que somente por mais este rito sacramental, poderia obter a Bênção Divina pelas mãos de UM sacerdote. Meus filhos, todos os seis, foram batizados. E sempre julguei que a ligação entre mim e Deus fosse uma ligação séria e comprometida, como sempre foi a relação entre mim e meu pai. E aí começa o clique da questão. Pois, para mim a expressão DEUS-PAI continha a mesma severidade de minha ligação com meu próprio pai, e nunca... Nunca como a ligação amorosa, carinhosa e meiga, qualificada na relação com minha mãe. De uns anos pra cá, tenho vivido intensamente tantas Bênçãos em meus dias, algumas que nem imaginava pudessem vir a ocorrer, numa total insistência e tolerância do Grande Arquiteto do Universo. Mas, nesta semana presenciei uma cena que estabeleceu uma interessante correlação. Enquanto uma criancinha chorava, entre abusada pelo cansaço, quase vencida pelo sono e ansiosa por brincar, uma mãe, carinhosa e pacientemente, tentava embalar sua filha para fazê-la dormir. Perguntei aquela mãe se às vezes ela não se irritava, com toda aquela teimosia da criança em permanecer acordada. E ela com um largo sorriso me falou que não, pois a bebê era uma inocente, UMA CRIANÇA, e ela apenas uma mãe que era feita somente para amar, ter paciência e cuidar. Vi naqueles olhos brilhantes, na alegria daquele sorriso, algo de muito especial que me marcou e que não pude naquela hora entender. Penso que a quietude Celestial e o Amor Divino devem ser algo mais ou menos assim - de uma maneira que até podemos conceituar, mas que jamais conseguiremos entender. De tanto se tentar escrever sobre as mulheres e o entendimento sobre elas ser quase impossível, já é tempo de desistir. Até brinca-se que a famosa estátua O PENSADOR, de Auguste Rodin, é uma alusão a um homem nu, que sentado numa pedra morreu tentando entender a mulher. Só não se sabe se foi a dele. Mas, tem coisas que não se deve mesmo procurar entender, visto o que extrapole a ciência. Porque é assim, sendo que o belo não foi feito para ser entendido, mas para ser apreciado, sentido, curtido, vivenciado e agradecido pelo presente de simplesmente tê-lo. A mulher, começo a pensar convictamente, é como Deus. Um Universo distante e também ao alcance de um piscar de olhos. Fazer parte do Universo é respirar naturalmente sem se cansar. Amar uma mulher é como nunca se cansar de amar, como uma forte decisão. Uma coisa meio que se mistura com a outra. Entendo, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, homenageá-las é afirmar que todas são detentoras de uma enorme porção Divina. E aí eu reverencio minhas mãe, esposa e filhas, junto às mulheres do mundo todo. E, por fim, tenho que fazer valer aquelas mudanças que falei no princípio, revendo todos os meus conceitos da vida, do mundo e de Deus, homenageando o Criador, afirmando aqui o que descobri com surpresa e carinho que, sem sombra de dúvida, pelo colo aconchegante, pelo refrigério da sombra do Altíssimo, pela imensa compreensão, pela falta de memória ao perdoar e esquecer nossos deslizes, pela constante insônia que nos cuida enquanto dormimos, e pelo sopro amoroso aos nossos ouvidos com os sussurros das melhores decisões... Por certo DEUS não é Pai, é MÃE... ELE com absoluta certeza é muito MULHER.

Parabéns então, Deus... PARABÉNS PELO SEU DIA... 08 de Março... Divino Dia da Mulher.

by: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues