sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A coragem de cada um
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues



Yankee Doodle Dandy ou A Canção da Vitória, como foi traduzida para nosso idioma, transformou-se um filme “estadunidense” durante a Segunda Grande Guerra.

Foi feito para levantar a moral das tropas aliadas e o clamor que arrancou do seio do povo foi tamanho, que não houve como não conceder o Oscar de 1942, ao protagonista James Cagney.

Noutro dia vi na net “Yankee Doodle” e pensei: - Quem escolhe seu nickname, em referencia a uma prática tão patriótica, deve romancear avidamente, por sua própria natureza.

A canção é uma pérola rara. Uma canção de ENCORAJAMENTO. E, isso, é grande, muito grande. Uma bênção. Yankee é termo que se vê nos filmes, Mas, acredito que pouca gente saiba o que é “um doodle”, apesar de fazer ou já tê-lo feito.

Um doodle é aquele desenho sem pretensões, um esboço de nada, um rabisco geométrico ou não, um desenho de algo, algo caricato, feito despretensiosamente. Geralmente se faz quando se está ao telefone. Ou, quando se está ali, mas a cabeça noutra coisa. É uma filigrana delicada que vence o halo do tempo, do nosso desperdiçado e distraído tempo. É uma coisa que a gente faz, e que acontece de nem se saber se aquela é a nossa última obra. Se aquele é o último momento, e se o que a gente está fazendo, vale ao menos a vida útil da última folha do caderno. Nem sabemos se depois daquele “doodle” virá o minuto mais feliz, de toda a nossa vida. E nestas ilações, me ocorreu que muitas vezes nos prendemos a aromas e cores, sons e formas, que nos deixam reféns de uma galhardia, que com o transcorrer do tempo, não nos pertence nunca mais. Essa estória de que a história de cada um nos pertence é pura lenda. Passou o tempo, foi-se a história. Pois, quando envelhecemos, a história não nos conta mais tempo. Os amigos, lentamente, ficam para trás. E quando não nos esquecem, adoecem e não podem mais estar conosco. Morrendo, claro, se não podem viver tampouco escutar, nossas histórias.

Prender nossa alma num velho aroma é aprisionarmos as vidas às nossas pequenas mentes. Mas, e o que fazer? Pergunto a mim mesmo?

Bom mesmo é preparar um chá. E enquanto isso, ruminar. Os mais econômicos animais ruminam. Matutar, enquanto se maceram as cascas secas guardadas de uma maçã, com alecrim e algumas frutas vermelhas desidratadas. Está criado um novo aroma de manhãs. As folhas de laranjeiras, naquela infusão preguiçosa, inalam na alma o seu sumo e nos revigoram, magicamente. E o que tem a ver chá, com essa história? É o aroma que fica na alma, somente o que conta.

É isso o que qualquer dia, quero dizer ao meu neto, só pra ele sorrir. E aí, ele vai puxar uma boa conversa. Por enquanto, eu estou somente treinando. Ele ainda vai fazer dois anos.

Mas é porque, temos que enxergar que amanhã é logo ali.

No caminho de Cesarea, um homem muito mau chamado SAULO, foi ESCOLHIDO por uma imensa claridade que lhe queimou as vistas e lhe rendeu escamas. Elas lhe tamponavam os olhos. Ao caírem-lhe as escamas o mundo adquiriu, aos olhos de seu coração um tônus diferente. A claridade, a luz que incidia em tudo, dava formas nunca vistas, cores nunca atentadas. A "luz", A VERDADEIRA LUZ faz assim.

Ao enxergar melhor a vida, de imediato, seu nome virou PAULO. E os séculos tem feito esse nome ser entronizado em mais de 200 idiomas e 1400 línguas. Descobriu-se Paulo um escritor. Das cores e contornos que via. Se soubesse como, talvez tivesse pintado sobre “a luz de Cristo”. Mas, como cada um tem o SEU próprio dom e a sua coragem. Coube a Paulo, escrever. Foram 13 cartas (epístolas), quase 14 se tivessem certeza da Carta aos Hebreus. Mas nestes mais de 20 séculos, decerto o coração do Deus tem se alegrado, com o testemunho, da sua Sublime ALIANÇA com a humanidade. Escrita pelo Apóstolo Paulo e vivida em pequenos gestos, no coração e na fé de cada um de nós. Não precisa muito, só amar.

Jayme Lielson
Advogado

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