sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PENTATEUCO ESPÍRITA
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


PENTATEUCO ESPÍRITA

Muito bem nascido em berço católico em 1804, em Paris, Denizar Hippolyte Léon Rivail, pedagogo e escritor, homem de refinada inteligência, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, com o propósito de escrever suas teorias e codificações sobre o espiritismo. O mundo caminhava para uma efervescência intelectual, com movimentos abolicionistas e idéias igualitárias pela humanidade. A própria França distava apenas 15 anos de sua histórica Revolução Francesa sob a égide de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Intelectuais urgiam em justificar as coisas que não conseguiam explicar, desenganados com a Fé Cristã, após um período de tantos desencontros. A própria Europa afora, marcada pelo eixo França e Inglaterra, com suas guerras e lutas por domínios territoriais, surge neste clima de tantos desencontros, o oportunismo sabotador e desvirtuador, enganador da figura de Redentora de Jesus de Nazaré.

Os países do Mundo Velho, que tentavam ficar de pé com sua REFORMA, após um grito de liberdade contra os abusos da Igreja Católica, procuravam responder as antigas perguntas clássicas do existencialismo: Quem eu sou? Por que estou aqui? Para onde vou?

Passados pouco mais de 150 anos, desde os embrionários grupos de desmistificação, e a publicação do PENTATEUCO ESPÍRITA, da sua origem, história e justificação do espiritismo, ele ainda exerce a maldade de seu fascínio, pelas respostas cômodas que apresenta. Pelas justificativas, por sua teoria de “karma” e pela suavização do pecado. Pela depuração existencial através da reencarnação do espírito em outra matéria, estabelecendo a abominação do conceito necromante, de adoração, salvação pelas obras e conhecimento de segredos da alma, da vida presente e de vidas passadas

O que me move a escrever tal artigo é assistir dois elementos temporais prementes.

Não se cinge da convicção o homem, mas da dúvida que faz parte de sua dubiedade existencial. A convicção da fé dá seu lugar ao misticismo que aprisiona e escraviza.

Nunca a humanidade precisou sentir o poder salvífico, redentor, justificador, libertador, de Jesus de Nazaré e da consciência de seu holocausto individual sacrificial.

Escrevo porque tenho me preocupado. Tem sido comum assistir discussões, pelas muitas bobagens que se ouvem no âmbito acadêmico teológico, acerca de espiritismo. E, os mitos que algumas pessoas, até com certa responsabilidade em orientar as novas gerações, tem divulgado levianamente.

O mito se fortalece, até pela vaidade de alguns, em não derrotar o mal, mas fazer dele um troféu, pelo fato de ter tido experimento com este. Claro, sem argüir mérito sobre a questão, porque vejo tais pessoas, ATÉ, como razoavelmente bem intencionadas.

Porém, lamento, muito mal informadas. Talvez, por terem sido mal-formadas no próprio espiritismo e acham que algumas "rotas" experiências ou muitos livros lidos, fornecem um arcabouço de luta, mas, não forjam A ESPADA contra O MAL.
Primeiro, tem-se criado mitos em torno do assunto.
Segundo, porque os futuros bacharéis em teologia,sejam católicos ou evangélicos, e porventura, doravante ministros do evangelho, reverendos, diáconos e até presbíteros, tem que estar municiados pela verdade.

É ELA, a verdade que liberta da ignorância, do medo, da fantasia barata.

Nesta caminhada de dez meses de efetiva apresentação ao evangelho, tenho me dedicado com amor e ao inteiro dispor, para fazer da minha vida um divisor de águas a serviço do Reino. Tenho tentado respirar o afã de contribuir, e repassar toda a paixão que tomou conta de meu ser e mudou a minha vida.

Tem sido em BREVES ARTIGOS, após orações, que tenho encontrado coragem para desnudar, expor um conhecimento REAL sobre o assunto. Pela misericórdia, tenho procurado reunir em meu coração a certeza do lado certo, da FÉ, para encontrar o destemor em desafiar a potestade a que servi. Com a ajuda de meu Senhor Jesus Cristo, tenho enfrentado minhas próprias lutas.

E, O SENHOR DEUS, com Seu Santo Espírito tem caminhado à minha frente como anteparo para desmascarar as trevas, em nome de Jesus de Nazaré e Seu sangue derramado. Tenho combatido as vaidades descabidas, e procurado ser verdadeiro sem relatos fantasiosos, sobretudo sem pretensões de galgar projeção pessoal sobre a detenção de "algum" conhecimento, de um assunto tão tolo.

Quero alertar que ao se tripudiar do "poder do fogo dos umbrais", as pessoas podem se queimar. Não basta bradar o nome de Jesus, borrifar água benta ou sacar latinhas com essências cheirosinhas. Tem que haver DISCERNIMENTO.

Tanto faz, falar em nome da coca-cola, jesus cristo, padim ciço, frei damião, senhora aparecida, ou qualquer outra coisa. Isto arranca, extrai somente o escárnio do “sabotador” e suas legiões. É tudo inócuo, quando não se sabe com o que se está lidando. Quem mexe cobra com vara curta, acaba sendo picado. E, muitas vezes, mortalmente.

Como a "ceifa" se aproxima, o que é deleite para o mal. Escrevo como um alerta, para que incautos irmãos, não encarnem os pequenos personagens dos Irmãos Grimm. Ou seja, não se tornem enfeitiçados como os ratos, de O Flautista de Hamelin.

Quero bradar alguns alertas, a seguir:

1) A enganação tem auferido almas e fortalecido seu séquito, em idiogramas espirituais, com cariogramas seqüenciais de conhecimento. É uma “carga genética de cromossomos do mal” que ganham terreno e vidas, inocentes úteis.

2) Justamente, por intermédio dos elementos que comovem, sensibilizam. A tolerância e a falta de responsabilidade com os próprios atos.

3) As informações escritas utilizadas pela potestade, copiam, até em número de cinco, a migração a um novo mundo de conhecimento, sob a promessa pífia de “leite e mel” por outras vidas. Assim como tem sido cativantes para a humanidade, a história da libertação do povo de Israel, um povo nômade, escolhido por Deus, tem sido sedutor, usar similar instrumento, como se fora inspirado, na verdade em molde "copiado em linguagem de justificação" para cerrar fileiras de almas dependentes.

4) Se lemos e estudamos o PENTATEUCO, is cinco inaugurais das Sagradas Escrituras, “o sabotador”, também. E o que os difere? Um por 40 anos fez um registro histórico e minucioso, da vontade detalhada, circunstanciada de Deus. E o outro, pela comodidade de livros sem fundamentação, sem autoria definida, abominando todo o princípio da história da espécie humana e seus mais respeitáveis preceitos divinos.

5) E, por fim, a magia, a solução prática e imediata, não a remissão mas a “certeza” de outras encarnações para se justificar sem ser pela fé, numa permissividade sem precedentes, além de muito mais contundente, é a práxis, a operacionalização, o livre exercício "in gloriam" da fé.

6) Anunciar que se mudam completamente as perspectivas de futuro, é pura enganação. Porque a vida futura ainda é uma hipótese, não pode ser uma realidade revelada de maneira necromante, calcada numa prometida pluralidade de existências


As Obras Básicas, também cognominadas de Pentateuco Espírita, compõem-se dos seguintes livros:

1) O livro dos espíritos, publicado em 18 de abril de 1857, é o livro básico da filosofia espírita. Nele estão contidos os princípios fundamentais do espiritismo.
2) O livro dos médiuns, publicado em janeiro de 1861, é obra básica da ciência espírita.
3) O evangelho segundo o espiritismo, publicado em abril de 1864, é a obra que oferece a base e o roteiro da religião espírita.
4) O céu e o inferno, publicado em agosto de 1865, é um estudo em que se explica o simbolismo desses supostos lugares de ventura e sofrimento, de um ponto de vista racional, positivo e conforme a suprema justiça divina, de acordo com o princípio: "a cada um segundo suas obras".
5) A gênese é publicada em janeiro de 1868, versando sobre os milagres e as predições segundo a doutrina espírita, este é mais um passo no terreno das conseqüências e das aplicações do espiritismo.

Razão pela qual a teologia tem que ser estudada de maneira disciplinar. Disciplina também é uma forma de combate espiritual.

Os elementais usados na Antiga Aliança (em sacrifício), as cabalas, os quatro elementos, o derramamento e a oferta de sangue (vida) como corriqueira prática anterior, dista da Nova Aliança. E foram herdadas e apossadas pela potestade como forma de comunicação quadri-dimensional, entre o material e o etéreo.

A face escura dimensional das trevas não conheceu o Sacrifício do Cordeiro de Deus e a imolação sagrada, como conversor REDENTOR. Sua fraqueza e o flanco sempre aberto para manter o mal como um perene perdedor, estipula o equilíbrio natural. O véu templário, que se rasgou de cima até embaixo, possibilitando que Jesus fosse reconhecido como o Sumo Sacerdote, o caminho, a verdade e a vida, não são citados em nenhuma das obras de Kardec, justo por não terem a pretensão de comunhão com Deus

As fundamentações teológicas ficam ao encargo dos mais estudiosos. Sou neófito e como tal não me arvoro em textos sem contextualizações, para não dar azo a controvérsias vãs.
No afã de somente contribuir e ser um mero "recolhedor de escamas", quero ajudar.
Portanto, que a coragem de Deus me envolva e me sustente, de maneira destemida, dedicada, para soprar para os confins do Universo, toda enganação e o medo, o absurdo do temor que assola o coração frágil dos homens e mulheres, sequiosos por lenitivos para suas almas exaustas, sedentas pelo REAL CONSOLADOR.

O amor deve existir, e tem que ser real, documentado pelos séculos.
É histórico, sagrado, provável, inquestionável, passível de conforto e esperança.
Se existe uma certeza, é como a que carrego em minha alma apaixonada, de que VERDADEIRAMENTE e sem sofismas, CRISTO VIVE.

Soli Deo Gloria

Jayme Lielson

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