sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LIBERDADE, ABRA AS ASAS SOBRE NÓS
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Estão sempre em curso, na sociedade brasileira (e pra todos os lados, também), os discursos sobre ética, sobre moral, sobre impunidade, sobre falta de políticas públicas, sobre insegurança, com brados por cidadania e princípios de igualdade.

Isonomia é palavra de ordem nos apartes legislativos, como se fora uma mera senha de purificação da oratória. Quando o que ocorre é que assistimos diuturnamente balelas que em nada contribuem para minimizar a completa falência das nossas instituições.
Estive emudecido, por meses, sem escrever sobre a insegurança pública que continua assolando Pernambuco, sem ser privilégio somente nosso, mas de toda a sociedade brasileira, tendo em vista que campeia em todas as grandes cidades de nosso País, concedendo meu voto de confiança às mudanças que vinham sendo trabalhadas. Ajustes que estavam sendo preconizados, quase se faziam tardiamente por merecer uma satisfação à nossa ansiosa população.

Noutro dia, disse de público ao Governador de Pernambuco, que a esperança fazia parte do melhor sentimento do nosso povo. E que, transcorrida a eleição ele era o dirigente dos votos vencedores e vencidos, o mandatário dos destinos político-administrativos de nossa gente. Que todos estavam aguardando mudanças. E tal expectativa é que tinha sido a mola propulsora para o resultado de sua vitória.

Políticos são quase sempre detentores de características similares.

As escolas de conhecimento político têm linhas de discursos muito parecidos. O sobe e desce dos partidos é assim em todo o mundo. O que faz a mudança, de verdade, é a esperança que todos temos de podermos assistir se fazer diferente. Por isso, é gratificante poder acompanhar pela imprensa, que adoção correta de medidas, demonstram que trabalhos vêm sendo executados, com resultados eficientes.

As recentes prisões de gangues refletem, pelo menos, uma natureza de empenho da força policial do Estado. Sinal que apesar de ser o mesmo time, com os mesmos valores e os mesmos craques, a técnica utilizada pelo aparato de segurança mudou. Que a inteligência está funcionando, na reunião de dados, com o melhor substrato de uma investigação técnico científica, que começa a produzir resultados eficazes. E o que as pessoas sonham é tão pouco.

Desejam poderem caminhar pelas pontes, praças, pelos bairros, e até nas noites, pela orla marítima, que atualmente só serve para enfeitar nossos belíssimos cartões postais. Pessoas têm medo de sair às ruas. E meus filhos ainda pequenos, se admiram quando conto das brincadeiras, nas noites de férias nos bairros da minha capital, até altas horas brincando de barra-bandeira, garrafão, queimado, futebol de barrinha, bola de gude sob as luzes dos postes, pega-pega e outros folguedos, tudo mediante o esquecimento de pais que mais se preocupavam em assistir novelas e outros seriados nas TVs em preto e branco.

O caminho para ir e vir das escolas era mais livre e os ônibus eram utilizados por todos, não apenas pela população de renda inferior. Nos pontos em frente das escolas, ao invés do caos das vans de transporte escolar, eram jovens fardados que subiam em grupos nos ônibus para voltar pra casa.

Quero lembrar que policiais também tem, esposos, esposas e filhos. E que todos com os quais converso me dizem que querem, e muito, acertar.

Precisamos recuperar alguns valores, nos apropriar de outros tantos, repensar políticas públicas que desaguaram em erros no presente e que clamam por serem realinhadas. Existem tantos modelos de sucesso na área da educação, como Aprender, Acelera e Se liga e tantos outros que dependem APENAS de investimento e vontade política.

A ausência e a omissão da Nação deu margem a que benditas ONGs dessem lição no poder público. Com a segurança, não é diferente. Vamos buscar mundo afora, com humildade, algo mais que nos ajude nesse mister. Nos mais diversos campos do conhecimento sabe-se que (parafraseando o cientista) “nada se cria, tudo se copia”. Principalmente aquilo que dá certo.

Então, minha gente, vamos arregaçar as mangas e (como dizia meu avô) criar vergonha na cara e mostrar que nós podemos mudar. Segurança é o que todos desejamos sentir. EM SEGURANÇA é como precisamos viver.

Que todas atuais medidas investigativas das polícias, é nossa oração, deságüem em absoluto sucesso.

E que os servidores que são operários da segurança de nosso Estado, sejam cada vez mais operosos e eficientes, para que todos nós recuperemos qualidade de locomoção, vivenciando o que deveríamos curtir de melhor, que é o grande presente da vida, a plenitude do movimento, a palavra mais cidadã... LIBERDADE.

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