sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ética, o que está acontecendo com ela?
Por: Jayme Lielson de Vasconcelos Salgues


Ética, o que está acontecendo com ela?

Pobrezinha da ÉTICA... adoeceu... de descaso...
Conhecemos o conceito básico de ÉTICA, do grego ETHOS, aquilo que disciplina o estudo do julgamento de valor, na medida em que estes se relacionam entre o BEM e o MAL. E como se isto não bastasse, ainda assistimos, com a mesma doença, sua prima-irmã, A MORAL, quase desmoralizada.

A moral versa sobre os costumes e os deveres que o homem deve ter, para com seu semelhante e para consigo mesmo. Portanto, ÉTICA E MORAL, formam um indispensável conjunto de regras, que tornadas COSTUME, se tradicionalizam, se tornam consuetudinárias.

Ou seja, ao se tornarem costume tradicional e que deve ser atendido, finalizam por converterem-se em VALOR SOCIAL escrito... Portanto, a própria LEI. Ou ao menos, tudo deveria ser assim e não o que temos assistido, perplexos, com os mínimos de informação que chega a cada um de nós, ditos cidadãos comuns.

As CPI's, cenários que deveriam atender preceitos verdadeiramente ÉTICOS, tem sido palcos, iluminados, para representações dos mais diversos papéis, com atores travestidos de "políticos". Estes personagens, homens e mulheres, que deveriam ser representantes da ansiosa sociedade (POLIS) que os elegeram, gestores que deveriam ser dos princípios que norteariam atitudes de governo, relações administrativas e toda a base de planificação de todas as atividades cidadãs, perdem-se completamente num vácuo de inoperância, mais preocupados com posicionamentos de câmeras e luzes, do que com a apuração dos fatos e a defesa da ÉTICA e da MORAL.

Uma minoria é verdade. Mas que compromete a imagem de toda a representação legislativa, que precisa ter a coragem de cortar na própria carne, sob pena de cair em total descrédito. As gráficas do Senado e da Câmara Federais deveriam imprimir pequenas cartilhas, evidentemente para aqueles parlamentares que tenham aprendido a ler.

E poderia ser sobre Sócrates, Platão, Aristóteles, Rousseau, Kant, Hegel e mais outros. Poderiam, ainda ler coisas edificantes de autores humanistas os mais diversos, inclusive os nacionais.

Ou ainda, mais além na ironia, firmar convênio com a Sociedade Bíblica do Brasil e distribuir, gratuitamente, exemplares do Novo Testamento, todos com realçador de texto no trecho que Jesus de Nazaré asseverou que "amássemos a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos". Mas, como sabemos, faz parte da natureza humana transgredir.

Na idade antiga, dos Dez Mandamentos carregados por Moisés, já havia transgressores, e hoje, mesmo com o calhamaço de leis, não é diferente.

Falta MORAL, alicerce de que se consiste a verdadeira denúncia, para dar azo a investigações viscerais.

Falta ÉTICA, no bojo de comissões que insistem em se digladiar, mais partidariamente do que no afã de encontrar irresponsáveis com a "coisa pública" e fazê-los sentir que a sociedade quer clamar NÃO À IMPUNIDADE.

Precisamos URGENTE de uma mobilização social, pela recuperação efetiva de valores, por uma Política ÉTICA de fato.
A ética moral, porquanto ciência que estuda virtudes da humanidade, está doente... E todos os que se julguem pessoas de bem, também estão.

As coisas têm que mudar. Pois, é imperativo que a ÉTICA volte a ser um conjunto de normas e valores, que sejam responsáveis pela regência da nossa sociedade, refletindo as ações como fruto da consciência do povo brasileiro.

Precisamos bradar: Brasil, mostra a tua cara... E a tua vergonha, também.

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