Num sábado ensolarado
Estava
meditando neste dia ensolarado, piruetando pela internet, quando vi um anuncio
de um livro “A ARTE DE VIVER”. Comecei a rir sozinho e resolvi escolher algumas
pessoas para enviar um pedaço de meu sorriso e um “taquinho” de reflexão.
Nem me
atrevo a discutir obra, autor, tema. O sensacional pra mim se resume ao título.
Ora
pinóia! Que coisa pobre. Todos nós, bem no fundo, apesar de querermos esse
melzinho doce e fácil, sabemos que não existe uma "obra assim".
Porém, para nossa alegria, coisas parecidas nem sempre são iguais. Minha
proposta nas próximas linhas é um papo fácil e atrevido.
Que tal escrevermos
nossas próprias obras primas? Alterando um tiquinho aqui, um tantinho ali, do
título ARTE DE VIVER, para VIVER COM ARTE?
De
pronto, como você, sinto ter algumas dificuldades. Mas, lhe garanto que a única
coisa difícil aqui sou eu. Sair de meu comodismo mental, para ousar. Sem falar
na nossa falta de crença em nós mesmos.
Mas que
tipo de arte imprimir?
Reflito: Não
sou poeta, não sou cantor, não sou artesão, não sou artista.
Todavia, nós
vivemos, pensamos, nos mexemos, esbravejamos, protestamos, discordamos, imprimimos
marcas e, portanto, EXISTIMOS.
Não é
fácil conceber que somos artistas. Trocar o local no imaginário, que
construímos para nossos “ídolos artistas”, nos aboletando nesses lugares?
Quanto atrevimento!
Colocamos
em nossas mentes que artistas NOTÓRIOS são imortais e nem nos atrevemos a nos
misturarmos com eles. Imagina... sairmos de nossa tietagem coadjuvante, para
uma realidade protagonista. Jamais!
Só
sabemos ser protagonistas de infelicidades e de murmurações. Mas, precisamos
segurar em nossas mãos os “oscars” pelo premio que são nossos empregos, da
saúde, de nossas famílias. Somos construtores de coisas que fogem dos padrões
de contemplação e até de beleza. Mas, somos senhores de algumas de nossas
decisões.
Dia
chegará que nossas células não mais se multiplicarão e haverá uma falência
silenciosa. Começará pela secura da escamação de nossa pele, sem mais
elastina...
Nossa vista
se cansará e desaprenderemos a ver o renovar diário de tantas belezas.
Ai ai
ai... a preguiça de viver é o inicio da falta de arte.
Sabe?
Acredito que teimar, querer viver com qualidade, é insistir em ser um artista.
Não
importa quanto tempo a gente leve para concluir nossa obra. Mas temos que
compor este best-seller com carinho. Ops! preciso lhe contar. Sempre será uma
obra inacabada... mas, sossegue. Esta é a melhor parte. Não é preciso que
alguém acredite ou não, na gente. Necessário somente é que alguém acredite em nossos
propósitos. Deixar um real legado de coisa boa já é uma grandiosa ARTE.
Noutro
dia me perguntaram se cria que Jesus havia realmente existido. Retruquei que
sim, sem a menor dúvida. Não somente por evidencias históricas e comprovações
científicas. Mas pelo conjunto da obra. Todos os relatos, canônicos ou não, das
mais distintas fontes, dizem mesmas coisas. E se assemelham o tempo todo num
tema, o amor. Com certeza: Ele ainda vive. Um pouco em mim, um pouco em ti, mas
decerto no coração de todos nós, em incontáveis coisas. Suas falas, Seu
exemplo, Seus gestos, Suas parábolas, Seus ensinos, Seus conselhos, Seu
conforto, Sua serenidade, servem para mim, para ti, pra toda humanidade. A arte
de viver, não sei se existe. Mas, viver com arte, isso é bem possível. Eu estou
tentando todos os dias, me esforçando, refletindo e me humilhando, nos mais
diversos “não sei”...
Talvez
não seja fácil? Verdade. Mas precisamos acreditar: é possível ser feliz.
Vou
continuar tentando viver com “arte”. E te convido: - Vamos juntos?
Bom dia.
Jayme Lielson (27/10/2012)
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